Categoria: Sem categoria Data: 13 de janeiro de 2021
Idadismo, é necessário conhecer para combater

Discussões e estudos sobre o envelhecimento da população estão cada vez mais presentes. Porém, pouco ainda se ouve sobre o idadismo, preconceito que discrimina alguém ou um grupo em função de sua idade. Conceitos como envelhecimento, idosos e longevidade, parecem distantes de nós. Não percebemos que envelhecemos todos os dias.
Quando pronunciamos ou ouvimos discursos como “velho não pode trabalhar”, “não aprende mais”, “não tem desejo sexual”, “deveria ficar em casa”, dentre outras, estamos perpetuando uma cultura que desvaloriza e estereotipa
o idoso.

É necessário refletir o idadismo à luz da perspectiva dos 60+. Como se enxergam diante desse preconceito, mesmo tendo plena capacidade de produzir, ensinar e aprender? Quantos ainda atuam em suas funções? Quantos permanecem trabalhando após se aposentar? Sem desconsiderar aqueles que envelhecem dependentes física, cognitiva ou financeiramente. Como se sentem? Pois é possível produzir mesmo na dependência.

Campanhas de publicidade promovem a juventude através da estética para “maquiar” a velhice, pessoas tentam esconder a idade “fingindo” ser jovens mesmo não sendo, pois ser velho, para muitos, é um fator negativo, para outros ser chamado de velho é até uma ofensa. Criou-se uma expectativa de comportamento baseada na idade, e acredita-se na autenticidade desses estereótipos.

Não podemos permitir que em função da idade devemos seguir padrões de comportamentos socialmente construídos. Precisamos revelar a heterogeneidade da velhice, pois cada indivíduo envelhece de forma singular, influenciado por seu estilo de vida, papel social, relação familiar e fatores de saúde. Há inúmeras formas de envelhecer e todas merecem ser tratadas com dignidade.

in